Planejamento Estratégico aplicado à Gestão Pública

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Numa jovem carreira de gestão como a minha, não são poucas as vezes que me deparo com a seguinte questão: Será que estou fazendo uma boa gestão? Quando chegamos a essa fase da vida profissional, que é a de ser gestor, passa-se a conviver com algumas premissas e fundamentos consagrados. Destaco um desses fundamentos: “Não se gerencia aquilo que não se mede”.

Então como saber se estamos fazendo uma boa gestão? O que é necessário para tal?

Resgato uma expressão muito conhecida: Planejamento Estratégico. O nome, por si só, já denota imponência; porém muito mais imponente que a expressão em si, são os resultados que esse instrumento de gestão pode propiciar. Através de inúmeras ferramentas que compõem o Planejamento Estratégico, como a definição de missão, visão e valores, análise SWOT (da sigla em inglês Strengths, Weaknesses, Oportunitties e Threats – Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Fraquezas), dentre outras, pode-se definir objetivos, indicadores e metas para acompanhar seus resultados, ajustar os planos de ação para que continuem a propiciar o atingimento dessas metas ou alinhar a gestão através de ações corretivas para recuperação, alcance e até mesmo superação dessas metas. Outra ferramenta fundamental a um bom planejamento e gestão é o PDCA (da sigla em inglês Plan, Do, Check e Act – Planejar, Fazer, Analisar/Checar e Agir/Ajustar).

 

Mas por que abordei esse tema?

 

A cada primeiro ano de um novo mandato, os gestores públicos do executivo têm a missão de prover um importante instrumento público: o PPA (Plano Plurianual). Em simples resumo: é a materialização formal de um plano (de governo!) que definirá como serão providos os projetivos e atividades da gestão. Nele são definidas metas físicas e financeiras para a execução do orçamento público em prol da melhoria dos serviços providos à população. Ele tem abrangência de atuação de quatro anos, sendo o segundo ano de mandato do “elaborador”, estendendo-se até o primeiro ano (inclusive) de mandato do próximo gestor.

Tendo esse momento bem relevante acontecendo, faço a reflexão de como poderíamos ter um melhor acesso aos resultados da gestão pública. Com o uso de instrumentos de gestão como aqueles citados sobre o Planejamento Estratégico, tenho a certeza de que todos, cidadãos e servidores públicos, em busca de objetivos comuns poderiam, além de acompanhar, perceber a evolução dos projetos públicos.

Cabe também a nós o papel de conhecer e acompanhar as ações governamentais: todos os dias chega até nós, pelos mais diversos canais de informação que hoje temos disponíveis, informações sobre dificuldades em investimentos com Educação, Saúde, Segurança, Obras e Saneamento, dentre outros. Os investimentos estão sendo feitos. Em nossa percepção, possivelmente em montantes que não são suficientes a atender as necessidades da população. Como estamos acompanhando esses investimentos? Estão sendo aplicados nas prioridades da comunidade? E você, cidadão, já participou de uma audiência pública onde são debatidas as prioridades de investimentos dos recursos públicos?

Com alguns desses instrumentos de gestão (porém não limitados a esses!) sendo efetivamente aferidos, controlados, acompanhados, medidos e acima de tudo, transparecidos (Lei da Transparência), caminharíamos com mais firmeza à evolução da gestão e teríamos uma melhor percepção ou visão dos investimentos e resultados da gestão pública.

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Sobre o autor
Marcelo
Gerente de Estratégia de Produtos da Betha Sistemas. Graduado em Ciências da Computação com MBA em Gestão de Pessoas. Faz parte do time de especialistas Betha há 18 anos.

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