Case Betha: São Ludgero alcança 100% do esgoto tratado nas áreas rural e urbana do município

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Uma ação intensiva que iniciou em 2015 e alcançou seu objetivo em março deste ano, beneficiando toda a população, tanto no meio urbano quanto no rural. Assim pode ser definido o projeto “São Ludgero 100% Esgoto Sanitário Tratado”, que deu ao município catarinense visibilidade estadual e nacional, ao se tornar um dos únicos do país a ter saneamento básico em todas as residências. Ao longo dos últimos anos, cerca de 3,2 mil ligações no perímetro urbano foram realizadas para tratamento do esgoto, além de serem instalados mais de 600 kits do Sistema Individual de Tratamento no meio rural.

O marco zero do projeto foi alcançado no início de 2018, no entanto, conta o prefeito de São Ludgero, Ibaneis Lembeck, ele nunca para. “Não existe fim, porque novas casas são construídas a todo momento”, lembra, ao dizer que “esta era uma preocupação antiga no município, que já vinha de outros gestores. Cada um fez uma parte, e há pouco tempo então resolvemos traçar a meta de beneficiar toda população com o saneamento. A área urbana já estava bem adiantada, por conta do trabalho desenvolvido pelo Samae, e o nosso desafio era alcançar também a área rural. Por isso, fizemos alguns estudos em parceria com Epagri, Vigilância Sanitária, Samae e agentes de saúde e vimos que era possível realizar o projeto. Focamos nele o e o resultado chegou. Hoje proporcionamos ainda mais saúde e qualidade de vida a toda população”, expõe o prefeito.

O motorista Vili Gonçalves da Silva, residente na área rural do município, foi um dos beneficiados. Ele está construindo uma casa nova, fez o cadastro na Secretaria de Agricultura e recebeu o kit de fossa séptica. “A ideia é excelente, não precisamos mais ficar cavando buracos, fazendo aquelas fossas tradicionais que trazem tantos problemas. Este projeto beneficiou o cidadão e, principalmente, o meio ambiente, já que o esgoto não é mais jogado no rio sem tratamento”, enfatiza ele.

Com a operacionalização do projeto, os dejetos da área urbana se destinam à Estação de Tratamento do Samae, onde passam por um processo natural de despoluição. Enquanto isso, nas residências rurais eles vão diretamente à fossa séptica, passam por um filtro e o tratamento de purificação é finalizado em um sistema chamado de “círculo de bananeiras”. A média dos recursos investidos pela prefeitura, levando em consideração peças, máquinas e profissionais, beira os R$ 2 mil reais por residência. “É um investimento na saúde do cidadão, evitando, de forma preventiva, uma série de doenças”, enfatiza o prefeito.

 

Investimentos garantem maior controle gerencial

Para chegar a este resultado, o município precisou fazer uma série de investimentos, principalmente na estrutura de saneamento. Paralelo a isso, sistemas de gestão auxiliam no controle de tudo o que é feito, bem como nos investimentos realizados pela administração. De acordo com o gerente da filial Criciúma da Betha, Luciano Torres, a prefeitura de São Ludgero utiliza 15 soluções da empresa. Além da instituição, o Samae também faz uso dos sistemas, incluindo o de custos – implantado recentemente – e o de controle do faturamento. “As soluções garantem o bom aproveitamento dos recursos públicos. Entregar mais obras e serviços de qualidade aos cidadãos passa por um controle eficiente destes recursos, desde o lançamento dos tributos municipais até a prestação de contas para os órgãos fiscalizadores”, comenta Torres.

Outros indicadores também apontam a eficiência na gestão local. Exemplo disso é o Ranking de Eficiência dos Municípios, que coloca São Ludgero na 25ª posição com melhor eficiência no país, entregando mais saúde, educação e saneamento gastando menos. “Também podemos citar o aumento da arrecadação ligada ao ISS, que teve um crescimento de aproximadamente 50% entre 2013 e 2017, passando de R$ 930 mil para quase R$ 1,4 milhão. Foi neste mesmo período que o município implantou as soluções Livro Eletrônico e Nota Eletrônica da Betha”, aponta Torres.

 

Saiba mais: 55% do esgoto do país são despejados na natureza

Pouco mais de dez anos após a Nova Lei do Saneamento Básico entrar em vigor, cerca de metade da população brasileira ainda continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário. Conforme os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados em janeiro deste ano e referentes a 2016, apenas 45% do esgoto gerado no país passa por tratamento. Isso significa que os outros 55% são despejados diretamente na natureza, correspondendo a 5,2 bilhões de metros cúbicos por ano (quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia).

O número é alarmante e traz à tona alguns dos principais prejuízos que a falta de saneamento pode gerar aos municípios e, principalmente, aos cidadãos:

 

  • Ameaça à saúde pública: a falta de saneamento é um fator crucial para a proliferação de doenças. Leptospirose, disenteria bacteriana, cólera, parasitoides e agravamento de epidemias estão entre os problemas mais comuns devido à exposição aos dejetos. Além disso, dados mostram que em 2011, os gastos com internações por diarreia no Brasil (segunda maior causa de mortes em crianças abaixo de cinco anos) chegaram aos R$ 140 milhões. Segundo a OMS, 88% das mortes por diarreia no mundo são causadas pelo saneamento inadequado.

 

  • Poluição dos recursos hídricos: em muitos locais, devido à falta de saneamento, o esgoto sanitário e o lixo doméstico são frequentemente jogados nos rios sem nenhum tratamento. Conforme estudo realizado pela ONG SOS Mata Atlântica, de 111 rios brasileiros pesquisados, cerca de 25% têm as águas ruins ou péssimas, que não servem sequer para irrigação de lavouras.

 

  • Improdutividade: estudos apontam que 11% das faltas do trabalhador estão relacionadas à falta de saneamento. 217 mil profissionais se afastam de suas atividades anualmente devido a doenças gastrointestinais ligadas ao problema. Isso afeta diretamente a economia, já que o trabalhador que tem acesso à rede de esgoto aumenta sua produtividade em 13,3% e resulta em 3,8% de ganho salarial por diminuição de faltas.


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Betha Sistemas

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