Investir na saúde da família é uma das maneiras mais indicadas para diminuir o fluxo dos atendimentos emergenciais e promover mais qualidade de vida para a população. Com ações preventivas e atenção primária à saúde, ainda é possível reduzir os gastos e otimizar as verbas públicas.
Esse tipo de programa é essencial para manter os cidadãos saudáveis e identificar possíveis problemas logo no início, evitando que haja aumento nas demandas hospitalares e sobrecarga no atendimento.
Quando o município investe em ações de Estratégia da Saúde da Família, os benefícios são notáveis em todos os âmbitos. Neste artigo, você entenderá melhor o que esse tipo de programa pode proporcionar na prática tanto para a população quanto para o município. Confira.
O que significa Saúde da Família na prática?
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) foi criada em 1994 para descentralizar o modelo de atendimento e desafogar os hospitais, atendendo os pacientes antes da manifestação da doença, praticando a atenção primária à saúde em conjunto com a União, estados e municípios.
Com base em ações preventivas sob o cuidado de equipes multidisciplinares, a Saúde da Família tem como objetivo atuar com foco na prevenção, recuperação e reabilitação de doenças, atendendo as famílias de uma determinada localização.
Para consolidar a atuação pública nessa esfera é fundamental que os princípios da ESF sejam considerados no planejamento do programa, e que façam parte do primeiro nível de atenção à saúde (APS).
Na prática, os profissionais envolvidos analisam os motivos que contribuem para que a população daquela região permaneça saudável, além das causas que influenciam o surgimento de doenças.
A partir disso, são desenvolvidos planos de atenção primária e bem-estar dos cidadãos. Campanhas de vacinação, acompanhamento odontológico, consultas e exames de rotina e orientação educacional podem fazer parte das ações aplicadas.
Porém, para que haja aceitação da população, é fundamental investir também em ações de conscientização e engajamento com o propósito do programa. Isso porque, esse tipo de atendimento demanda uma mudança de cultura, desvinculando a imagem médica das doenças e fortalecendo o vínculo com a promoção de saúde.
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4 razões para investir em saúde da família
É inegável que o investimento em prevenção é muito mais benéfico do que empregar verbas para minimizar os danos causados por uma doença já instalada.
As vantagens são promissoras tanto para a população, que passa a viver com mais qualidade e bem-estar, quanto para o município — que pode destinar as verbas para o avanço da saúde pública, ao invés de usá-las para solucionar situações problemáticas causadas por uma área da saúde deficitária.
Veja a seguir 4 razões que provam que investir em saúde da família é uma ótima maneira de elevar a qualidade dos atendimentos e, consequentemente, os índices de aprovação da gestão.
1. Promoção e prevenção
Uma população saudável e ativa contribui para o avanço do município e desafoga os corredores dos hospitais, contribuindo para atendimentos mais próximos e eficazes. Promover a saúde eleva os níveis de conscientização, prevenindo o surgimento de doenças individuais e coletivas.
Com isso, um município que promove a saúde e previne doenças está preparando sua população para viver mais e melhor, além de poder oferecer serviços públicos mais qualificados e disponíveis para a manutenção da saúde familiar.
2. Cuidado contínuo com a saúde
Investir em saúde pública não está relacionado somente ao atendimento emergencial, mas também à possibilidade de acompanhar os cidadãos durante a vida. Ter recursos disponíveis para oferecer cuidados e acompanhamentos contínuos garante que não haja sobrecarga repentina no atendimento, sequenciando na falta de insumos necessários para tratar da população.
Uma população doente reflete diretamente nos níveis de mortalidade e outros problemas que interferem no desenvolvimento do município. Sendo assim, possibilitar um cuidado contínuo com os cidadãos a partir da Saúde da Família tem participação direta no avanço da região.
3. Facilidade de acesso aos serviços de saúde
Quando o acesso aos serviços de saúde são facilitados, a aderência aos programas públicos é muito maior. Isso porque, com o auxílio da tecnologia é possível agilizar os processos de agendamento de consultas periódicas, solicitar novos atendimentos e retirar os resultados de exames.
Outra vantagem de inserir a tecnologia nas ações de APS é a consolidação do histórico do paciente, facilitando também o acesso ao prontuário para os profissionais de saúde, tornando os atendimentos mais direcionados, específicos e individualizados.
4. Redução de gastos públicos
Com uma população mais saudável, os gastos públicos com a saúde são reduzidos, já que o fluxo de atendimento emergencial é menor quando há acompanhamento especializado nas Unidades Básicas de Saúde.
Dessa forma, os gestores públicos ganham margens mais largas para tomar decisões estratégicas e com foco no desenvolvimento da área. Assim é possível até mesmo realocar verbas para outros setores que necessitam de mais atenção, contribuindo para o bem-estar da população.
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